sábado, 14 de agosto de 2010

Meu restaurante kitsch

Por Eliza Brito
Imagens: Ana Brito

Eu e Lucas, além do blog, cursamos juntos o curso de especialização em jornalismo e crítica cultural da UFPE. Nosso último módulo foi sobre crítica e cultura contemporânea, no qual discutimos o conceito de kitsch, indústria cultural, cultura camp, e outros temas relacionados à pós-modernidade. E tudo isso, por incrível que pareça me lembrou muito um restaurante que conheci em Viena.

O Steirereck [foto 2] fica dentro do Stadpark, um dos parques mais interessantes da cidade. Antes de entrar no restaurante é impossível não passear pelo lugar, que conta com atrativos como a Karlskirche [foto 1], uma das igrejas mais belas de Viena.

A comida do Steirereck é espetacular. De entrada, eu, minha mãe e as amigas pedimos um combinado de queijos típicos [foto 3]. Alguns me pareceram bastante fortes, mas não deixaram a desejar no sabor. E como prato principal, fiquei com o bife [foto 4].

Para quem gosta de carne vermelha, realmente não há opção mais acertada. A carne desmanchava na boca e o molho era marcante, sem ser salgado. Acompanhando tudo fui no vinho Weininger 2008, um tinto austríaco feito com três uvas. E eu que pensava que na Áustria não iria tomar bons vinhos! O jantar foi nada menos do maravilhoso.

Sim, mas e o módulo de cultura contemporânea entra onde nessa história? Pois bem, o restaurante é o meu exemplo vivo de kitsch. Para quem não sabe, kitsch é brega. É tipo o pingüim de geladeira. Dá pra entender, né? E o Steirereck é isso! A parede é branca decorada com pratos brancos. O mostrador de queijos é em granito verde, o banheiro parece uma discoteca e tudo é exageradamente "metido" a sofisticado.

Por lá, a comida encanta e dá para vivenciar um típico ambiente kitsch. Por um ou pelo outro motivo, vale a pena conhecer!

Serviço
Dentro do Stadpark - Viena - Áustria
Fone: +43 (1) 713 31 68
http://www.steirereck.at/
Linha de metrô verde escuro (u4) - parada Stadpark

2 comentários:

Camila disse...

Invejinha branca.

Diego Gouveia disse...

Como diria Júlia Veras, luxo-vírgula-poder-vírgula-riqueza.

hahahaha

Saudade de tu, Lizinha. Quando vamos repetir a performance do casamento de Pat?