sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Nada de Convenções

Por Eliza Brito
Imagens: Walace Campos

Eu adorei Portugal. Na Europa existe um certo preconceito em relação aos nossos antigos colonizadores, talvez porque só eles sabem fazer doce de verdade no continente. E como se não bastasse, fazem vinho do porto e deliciosos vinhos de mesa. Ah, e o padrão de vida é o mais acessível da Europa.

Essa semana fui à degustação de 23 rótulos de vinhos da Esporão-Crasto, e senti muitas saudades dos pioneiros das grandes navegações. O vinho Crasto Douro, da Quinta do Crasto, me fez lembrar um jantar entre amigos na cidade do Porto, talvez por isso tenha sido um dos meus prediletos. O Vintage Port, também da Quinta do Crasto, me pareceu muito doce, mas cai bem com um bom chocolate amargo. E para acompanhar um cozido tipicamente português, o Esporão Private Selection, da Herdade do Esporão, é uma opção elegante e acertada. Quanto aos vinhos brancos, nunca fui fã, só tomo quando quero comer peixe. Mas o Esporão Reserva Branco, da Herdade do Esporão, é daqueles que se degusta por prazer, e não para harmonizar.

E como o melhor vinho é aquele que mais agrada o nosso paladar, nada de convenções! O Xisto – Roquetette & Cazes 2004, uma edição especial da Quinta do Crasto, foi o que mais agradou minha amiga realmente especialista em vinho, mas me pareceu forte demais, como aquele café que passou o tempo errado na máquina.

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