segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bode na terra da uva

Por Eliza Brito
Imagens: Cacimba de Letras

Nada combina mais com o sertão pernambucano do que carne de bode. Petrolina, Ouricuri, Araripina, tanto faz! Em qualquer uma das cidades se come bode todo momento do dia. Eu não conhecia Petrolina, e gostei de ver o Rio São Francisco de perto, além de ter achado a cidade organizada e me encantado com a catedral de pedras [foto 1]. Mas o bode estava lá, do jeito que mesmo não conhecendo a cidade, eu já sabia que estaria.

Como fui a trabalho, não pude aproveitar como queria, mas deu pra passar rápido pelo bodódromo [foto3], um local na orla (beira do Rio São Francisco) cheio de bares que vendem carne de bode. Eu provei a lingüiça mista (bode e boi) e gostei. Mas o melhor mesmo foi conhecer uma fazenda que produz uvas para exportação[foto2]. Como tinha que fazer uma matéria para a televisão, precisei andar por todo o lugar para pegar imagens do passo a passo e entendi como as videiras são preparadas para receberem as uvas e quantas exigências existem desde o começo até o final do processo. Para se ter uma idéia, os funcionários não podem conversar entre si durante o cultivo, imaginem! Eu piraria, não tenho dúvida!

A época das uvas é o mês de setembro, então fiquei só com a água na boca mesmo, mas conheci um restaurante muito legal, também na orla, chamado Capivara. O dono, seu Avelino - também proprietário do restaurante Verdicchio (Casa Forte - Recife) - é caprichoso. A comida é muito saborosa e a vista privilegia ainda mais o ambiente. Gostaria de ter conhecido mais da gastronomia local, mas uma coisa é certa: para quem gosta de uva e bode, nem é preciso andar muito.

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