terça-feira, 23 de abril de 2013

Em cima do muro no BarChef

Por Lucas Lima
Imagens: Cacimba de Letras


Bolinho de paella

Vez ou outra vem esse estranhamento de primeira. Não consigo dizer que não gostei. Também não posso dizer o contrário. Lembro da primeira vez que li Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector. Não absorvi. Na segunda tentativa, me apaixonei. Também não cheguei a um consenso sobre O som ao redor – e ainda não tive a oportunidade de tirar a contra-prova. O mesmo aconteceu com o BarChef, empreendimento que tem movimentado a 17 de Agosto, em Casa Forte.

Quesadilla

Esperei um bom tempo para conhecer o BarChef. Fui sendo instigado pelas fotos dos amigos e conhecidos postadas no Instagram. A do clericot virou quase um clássico, aparecendo, impreterivelmente, pelo menos uma vez por semana. A de pessoas aproveitando os jardins da casa para fazer um piquenique também. Sem falar dos produtos gourmets encontrados no “mercadinho”. 

Kebab

Para quem ainda não conhece, breve explicação: inaugurado no segundo semestre de 2012, o BarChef compreende um mercado gourmet, delicatessen e dois restaurantes, um italiano e um espanhol – ainda haverá espaço para um pub irlandês e um brasileiro. Quando fui, fiquei no espanhol, que possui cardápio enxuto, de tapas. Compreende dois espaços, um bemmm colorido e outro no estilo penumbra. Fiquei no segundo e, quem já leu textos anteriores, sabe que isso não me agrada muito – é ruim até para tirar as fotos das redes sociais =).

Tostadas de salmão

O valor médio das tapas fica entre R$ 18 e R$ 40, mais ou menos – um prato individual chega a pouco mais de R$ 60. Como o nome já diz, é para ir petiscando. As porções são pequenas, como a do bolinho de paella com camarão e pesto de tomate (R$ 24), que deixa uma incógnita de gosto de mar na boca. A quesadilla, de picanha defumada com gruyère (R$ 24), foi o que mais me agradou, pelo sabor e por ser mais generosa na porção. Ainda provamos as tostadas de salmão e o kebab. O local também tem uma carta interessante de drinks. Experimentei o Belline, com espumante e purê de pêssego (R$ 17,90), drink docinho. 

Drink Belline

No fim, saí de lá com uma interrogação na cabeça: gostei ou não? Como disse, a iluminação do espaço não me agradou – a acústica também não. Gostei de metade do que provei – faltou um “quê” de sabor na outra. É, mais uma vez fiquei no muro. Outra visita merece, para uma segunda opinião. Sei que Eliza tem a dela, e a dará. Bom, vejamos. 

Serviço
Fone: (81) 3204.8500

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