quarta-feira, 11 de junho de 2008

Afrodisíaco para leitura

Por Lucas Lima
Imagens: Google

"O único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor", diz a escritora Isabel Allende. Mesmo assim, ela se aventurou por pouco mais de um ano entre as pesquisas teóricas sobre as comidas afrodisíacas, além dos testes práticos com o seu marido, Willie. Se surtiu efeito? Ela afirma que sim!

A chilena, que também fez pesquisa de campo com os amigos, chegou a conclusão de que apenas os que sabiam do que se tratava conseguiram aflorar suas emoções. Os outros, se deliciaram com os temperos e... nada mais. Independente de qualquer coisa, Afrodite, livro que reúne todo esse ano de trabalho, é um bom deleite para os que gostam de mitologia, história, de saber mais sobre a vida de Allende e, claro, ter um arsenal de opções do que preparar para um manjar dos deuses!

Isabel Allende não é o foco principal do livro, mas não deixa de pincelar fatos sobre sua rotina familiar, seus livros, filhos, amigos... Vale salientar que Afrodite foi realizado com a ajuda desses, sendo uma das colaboradoras Panchita Llona, mãe da escritora e responsável pela maior parte das receitas, que ocupam mais de 100 páginas do livro. Entradas, sobremesas e pratos principais, todos feitos com produtos facilmente encontrados no mercado.

E não, não se trata de um livro só de receitas. As 200 páginas que as antecedem revelam motivos para certos alimentos serem considerados afrodisíacos, como a uva, o mel, a trufa, ostra e, até mesmo, tomate e coco. O poder fascinante de Cleópatra e a vitalidade da princesa Catarina da Rússia também são desvendados no material.

"Gula e luxúria, que tantas loucuras nos fazem cometer, têm a mesma origem: o instinto de sobrevivência". E se assim é, que Afrodite seja mais um elixir para manter certas chamas acessas, nem que seja o do gosto por uma boa leitura.

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