sexta-feira, 13 de março de 2009

A fabulosa cozinha de Ferran Adrià

Por Lucas Lima
Imagens: Reprodução

O chef catalão Ferran Adrià, 46, começou sua história no El Bulli há 25 anos, como mais um cozinheiro. Rapidamente tornou-se chef – não tanto por mérito, mas necessidade da casa. E, desde então, transformou o local em um dos restaurantes mais cobiçados do mundo. Diariamente, 45 pessoas recebem o cartão verde para participar das experiências gastronômicas e sensoriais do espaço. São 30 pratos que brincam com a experimentação, no melhor sentido da palavra. Caviar de melão, ravióli esférico de ervilha [parte inferior da foto 2] e espinhaço de peixe, frio e envolto em algodão doce. Ah, até mesmo a água ganha novos ares, servida em um “Ovni” de gelo e com canudo de baunilha.

Essa é a história que dá o cerne do livro As revoluções de Ferran Adrià [R$ 38, me média], escrito pelo jornalista alemão jornalista alemão Manfred Weber-Lamberdière. Mas não é apenas isso. O autor consegue, com mérito, criar um panorama da gastronomia mundial, destacando os acontecimentos do meio ocorridos desde a época da nouvelle cuisine – e até antes-, suas implicâncias nas principais cozinhas mundiais e o ponto no qual os feitos de Adrià conseguiram revolucionar o pensar gastronômico. Também não se pode esquecer dos capítulos que fazem perfis de outros nomes importantes, para fechar a redoma das argumentações e, daí, ratificar o motivo do catalão ser considerado um dos melhores chefs de cozinha.

El Bulli - A casa oferece ao cliente algo como um menu confiance. É preciso estar disposto a se entregar, para não sair de lá frustrado – sem falar que apenas um em dez clientes consegue a vaga para estar participando por uma noite daquele mundo mágico. O El Bulli só funciona durante seis meses do ano, pois os demais são utilizados para viagens de pesquisa e experimentações no laboratório de Adrià. Após esse período, a casa reabre e novas criações estão prontas para chegar à mesa. No livro, diz-se que, por causa do longo período de recesso, e pelo valor relativamente baixo cobrado, o chef ainda não esteá no patamar dos ricos e invejados. Mas, ao menos, está no dos chefs consagrados.

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