Cozinha molecular para matar a saudade

Por Eliza Brito

Imagens: Cacimba de Letras e Ana Brito

Matando a saudade

Lucy é uma amiga querida que estudou comigo na universidade e morou comigo na Espanha. Ela é daquelas companhias que fazem a maior falta. Sabe aquele comentário que só aquela pessoa é capaz de fazer? Sem Lucy, vários momentos ficam vazios, exatamente pela falta deles. Mas, na minha ida a São Paulo, deu para matar um pouco da saudade dela durante um jantar fantástico no restaurante Maní.

Bombom de salmão

Tão incrível como as companhias (fomos eu, Lucy, o marido dela, minha mãe e minha prima), o restaurante é uma experiência que vale a pena ser vivida. Especializado em comida contemporânea, algumas sugestões do cardápio seguem a linha da cozinha molecular, e é incrível como dá para modificar a estrutura molecular do alimento, sem alterar o sabor. Como ficamos na sala de espera algum tempo, fomos pedindo "beslisquetes", todos delicados e saborosos. O bombom de salmão derretia na boca e o minicaprese na colher é daqueles insumos que, de tão belos, dá pena de comer.

Minicaprese na colher

Quando fomos para a mesa, era a hora de se aventurar nos pratos principais, mas eu preferi provar a feijoada molecular, uma opção de entrada. É fantástico. São bolinhas, na consistência de gelatina, que explodem na boca e dissipam o sabor daquela feijoada bem preparada. Parece mentira! Nem tive coragem de esquecer o sabor com as sobremesas, todas nessa linha molecular, que chegaram na mesa com uma bela apresentação. Os "belisquetes" variam de R$22 a R$ 30. As entradas custam a partir de R$ 30 e os pratos, em média, R$ 60. Vale guardar um dinheiro e se permitir uma noite saborosa, agradável e diferente como a que tive no Maní, mesmo que, no seu caso, não haja uma companhia tão querida como a de Lucy por lá.

Feijoada molecular

Serviço

Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano – São Paulo/SP

Fone: (81) 3085.4148 / 3062.7458

www.manimanioca.com.br/site.html